O canto do galo

 Semana passada estava pensando em como a gente tem medo de receber as coisas boas que a vida nos oferece. Não é insano isso? Pedimos, planejamos, agimos, lutamos e quando o que desejamos do fundo do coração se torna, enfim, realidade, simplesmente, duvidamos. Você também se sente assim? Eu sinto, com frequência. 

É claro que isso, como tudo na vida moderna, tornou-se caso psiquiátrico (apesar de não ser considerado uma patologia) e recebeu o belo nome de síndrome do impostor. E, pra variar, tornou-se bem comum entre as mulheres. Pesquisando aqui mais sobre este tema descobri que um estudo americano apontou que 70% das entrevistadas também não se sentem à altura de suas conquistas. E isso não é apenas sobre eu e você. É sobre as poderosas que amamos. Nomes como Michelle Obama, Emma Watson, Jodie Foster, Meryl Streep. Parece impossível, não? Se elas não se sentem à vontade para muitas coisas. Imagina nós. 

Existe uma dessas frases de internet que diz assim: tem tanta gente incrível se achando uma bosta por causa de gente bosta que se acha incrível. E é verdade. Na minha vida profissional cruzei com muita, mas muita gente bem café com leite que se achava incrível e fazia todos à sua volta acreditarem nisso. O contrário também é verdade. Convivi com tanta gente foda, mas discreto demais para chamar a atenção do povo de peito inflado ( talvez, por isso, o símbolo da publicidade seja o galo). Vence quem canta mais alto. 

Então, que cantemos mais alto! Autoajuda à parte, ao longo da vida aprendi que só é bom quem diz que é bom. E ponto. Se eu tivesse um filho, este seria o meu principal conselho para a vida. Para mim isso é mais importante do que qualquer curso ou pós-graduação. Quando a sua imagem no espelho diz que você é demais, a realidade só espelha isso. Então, que possamos levantar a crista e começar esta semana fazendo acontecer. Até a próxima!




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