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Mostrando postagens de outubro, 2023

Chegadas e partidas

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 O título da coluna desta semana lembra o nome de um programa maravilhoso apresentado pela inspiradora Astrid Fontenelle , que depois de um longo período volta a ser exibido no canal GNT . Lembro da Astrid dos tempos da saudosa MTV. Achava ela o máximo: roqueira, descolada, super in…o que ela ainda é. Astrid soube evoluir com o tempo, driblar as mudanças da TV e continuar super atual à frente do também delicioso Saia Justa (só podia ter só ela como apresentadora, mas ok).  E é sobre isto que eu quero falar: ciclos. Acho que este termo, assim como gratidão, de tanto ser usado, acabou sendo banalizado, porém continua muito necessário. Quem me conhece sabe que adoro ver previsão de cartas no Youtube. E é muito chato quando elas indicam, por unanimidade, o fim de ciclos em minha vida (só não é mais chato quando a carta da torre cisma em me perseguir. Entendedores entenderão). Gente, pelo amor de Deus, que raio de fim de ciclo é este? Desde que me conheço estou encerrando estes ditos períod

O que sobrevive ao cinza?

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 Não para de chover. O céu está cinza, gris como também é conhecido. Algumas partes das nuvens também se apresentam na cor cinza chumbo, que eu adoro. Fica ótima em uma parede da sala com outros tons de cinzinha. Dizem que o cinza é o novo bege. E concordo plenamente. Chique. Também adoro a palavra gris. Acho que a primeira vez que a vi foi em uma letra da Ana Carolina. Gris, claro, lembra o grisalho. E isso me lembra automaticamente do que eu vou fazer com os primeiros fios gris que insistem em nascer no canto direito da minha fronte.  Decidir ou não decidir. O cinza pra mim é bem isso: uma indecisão. Nem chove, nem faz sol. Nem preto, nem branco. Apenas cinza. Tem gente que gosta. Eu não gosto. Você nunca sabe o que esperar de um dia nublado. Apostar para sair em um dia de nuvens é conviver com uma incerteza constante: ou você aproveita o dia mais lindo de sua vida ou talvez o dia mais chuvoso de sua existência. Para mim um dia cinza é um dia morno. E isso me faz lembrar a vida de mu

Amor a 40k/h

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 O amor depois dos quarenta é mesmo um tanto complicado.Todo mundo é vivido demais, machucado demais, desconfiado demais. É bem diferente do amor de vinte e trinta. O de vinte é aquela coisa maluca, inesperada, à flor da pele, vivido na casa dos pais, na tensão entre o desejo e a dúvida se é mesmo a coisa certa a se fazer. O de trinta, um pouco mais calmo, rola já de olho no “felizes para sempre”. Afinal, todos os amigos estão engatilhados e só resta a você dizer o sim (aqui devemos ter cuidado também com o que eu chamo de “a maldição dos 30”, mas isso é tema para uma outra coluna). Com as mudanças que vivemos, a régua dos 30 se alongou. As pessoas estão demorando um pouco mais para casar e, consequentemente, a ter filhos. E, consequentemente de novo, os cinquenta serão, em breve, os novos quarenta.  Depois das quatro décadas o amor muda de tom porque os relacionamentos ganham, como vamos dizer, uma nova roupagem. E nem estou falando dos fios brancos, das ruguinhas ou da barriguinha sa